segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

FELIZ ANIVERSÁRIO!

Você foi convidado para o aniversário? Que bobagem, é claro que foi, todo mundo foi! Que ótimo, a expectativa é enorme. No ano passado, todos saíram felizes: bonita festa, ótima comida, bebida, presentes... Esse ano espera-se ainda mais e precisamos nos preparar.

Aniversário é mesmo especial. Desde criança, estamos acostumados com esse evento que a nossa cultura reserva para uma festa à pessoa. Mesmo que muitos aniversariantes pensem nos presentes, que muitos convidados pensem na comida e na bebida, em como os outros estarão vestidos, em quem poderão encontrar na festa, esta é a grande festa da pessoa. No dia do aniversário, todo mundo espera convidados, consideração, alegria, homenagens, beijos, abraços, votos de saúde, felicidade, realização. É muito bom sentir-se querido, considerado, amado. Quando recebemos abraços frouxos, sorrisos convencionais, ficamos tristes.

Por isso é que, para esse grande aniversário, devemos nos preparar. É que se soube que o aniversariante tem ficado triste com as últimas festas que lhe foram feitas, particularmente com o comportamento dos convidados. Sabe-se que ele fica até feliz de não receber presentes, que gosta que as pessoas se presenteiem. Mas ele tem percebido que os convidados pensam tanto na comida, na bebida, na roupa, nos presentes que a maioria nem se lembra dele.
                                                                        
O pior é que todos dizem amá-lo. As milhares de reportagens que falam dele todos os anos, as centenas de milhões de imagens que se espalham por toda parte, os bilhões de livros a seu respeito que estão em grande parte dos lares do mundo fazem crer que ele é realmente muito amado. Mas não é bem assim.

Assim como no seu aniversário todos vão à festa mas pouquíssimos sequer lembram dele, no resto do ano as pessoas olham para ele, falam dele, citam suas palavras, mas nem se preocupam em fazer o que ele quer, nem lembram de tentar realizar suas recomendações. Cultua-se o ídolo Jesus, como se ele fosse um superstar, mas sequer pensa-se no Cristo, aquele que possui uma missão essencial.

Pois deixando de lado o aproveitamento consumista que o comércio faz da data, independentemente de sua figura belíssima, carismática, arrebatadora, ele também quer ser lembrado pelo que é. E o Cristo é a grande, a maravilhosa porta de transformação da criatura humana pelo amor. O grande remédio para nossas dores, a orientação perfeita para nossa falta de sentido, a solução definitiva para a nossa solidão.

Não façamos a desfeita de não cumprimentar o aniversariante, não temos nem mesmo o direito de homenageá-lo apenas socialmente. Aproveitemos esse Natal para libertar o coração das mágoas e inundá-lo com o sentimento mais puro que dele pudermos extrair, colocando-o nas mãos daqueles que nos cruzarem o caminho. Em meio à festa, pelo menos por um momento, que nos lembremos de nos aproximarmos de Jesus Cristo, nos aninharmos em seus braços, deixando-nos transformar, no que nos for possível, pelo Amor.  

(Este artigo foi escrito por Maurício Araújo Zomignani e publicado no jornal A Tribuna - Santos - em 24/12/2009)

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